Da saúde do corpo à saúde mental, os homens ainda estão distante de exercer uma prática de prevenção. No episódio piloto, conversamos com o médico infectologista Bruno Ishigami, o médico de Família e Comunidade Bruno Pessoa e o psicólogo César Oliveira sobre os desafios de quem percebe de perto a dificuldade masculina em aceitar cuidados.
“O homem, de forma geral, se cuida muito menos que a mulher. A Clínica do Homem chega no Recife em um contexto em que a gente tinha uma taxa de sífilis congênita absurda, e, quando investigávamos, a resposta era ‘As mulheres estão se tratando, o problema é que os parceiros delas não’”.
Bruno Ishigami – Médico infectologista
“Os homens incorporam a máxima do ‘homem não chora’ para além da prevenção. O homem, mesmo sentindo-se adoecido ou com algum sintoma, ele não se diz doente. Sabe que está com algo ali, mas não se sente doente. Muitas vezes temos um diagnóstico retardado por causa disso.”
Bruno Pessoa – Médico de Família e Comunidade
“A gente acha que só existe um modelo de homem, quando deveríamos falar de masculinidades diferentes. Existem várias versões, várias formas de ser homem. Se só existe um modelo, a gente fica preso nele, e esse modelo enrijece, afasta e dificulta.
César Oliveira – Psicólogo
